Unesco "para todos". Património Mundial já está acessível a portadores de deficiências físicas ou mentais
Unesco "para todos". Património Mundial já está acessível a portadores de deficiências físicas ou mentais
À margem da crise sanitária que tem obrigado ao encerramento dos espaços culturais e ao cancelamento de centenas de iniciativas, entre concertos. exposições e peças de teatro, o Ministério da Cultura decidiu apontar baterias à inclusão com um "passeio para todos" nos "bairros antigos e nas fortificações" da capital, consideradas Património Mundial da Unesco.
Além da chamada "Caminhada da Unesco" e do "Passeio de Bicicleta da Unesco", o grupo de 30 pessoas que arquitetou a iniciativa criou dois audioguias adicionais na plataforma izi.travel, adaptados a cada uma das necessidades dos portadores de deficiências físicas ou mentais.
"Todos, sem exceção"
As rotas estão preparadas para cadeiras de rodas. Antes de ser anunciado pela ministra da Cultura, esta terça-feira, o percurso de 1.950 metros passou na avaliação dos grupos de pessoas com necessidades especiais. Inclui 19 atrações, entre o Palácio Grão-Ducal, o Plateau du Saint-Esprit, o Place Guillaume e muitos outros locais e monumentos.
Disponíveis em luxemburguês, francês, alemão, inglês e holandês, os guias deixam de fora o português. Numa breve apresentação do conjunto de mapas e indicações, o Governo destaca as frases curtas, palavras simples, imagens e códigos de cores que ajudam a tornar a experiência acessível.
Uma vez que, no Grão-Ducado a língua oficial da linguagem gestual é o alemão, o guia preparado para os surdos só está disponível na língua que é uma das três oficiais do país. A brochura "Unesco-Tour für Alle em Leichter Sprache" está disponível no Gabinete de Turismo da Cidade do Luxemburgo e no Centro de Visitantes da Unesco no Museu da Cidade do Luxemburgo.
Direito à cultura
Classificado como projeto "exemplar em termos de práticas de gestão, eventos e atividades relacionadas com o Património Mundial e cidades históricas" pelo próprio Programa das Cidades Património Mundial da UNESCO, este primeiro passo da estratégia inclusiva do Governo foi apresentado como um "dever" e uma "necessidade". Tanto "por uma questão de princípio" como "através de convenções internacionais", como vincou a ministra da Cultura referindo-se à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência de 2006 e à Agenda das Nações Unidas.
Além do carimbo do Governo, a iniciativa tem a assinatura da Comissão Luxemburguesa para a Cooperação com a Unesco e a participação do Serviço de Integração e Necessidades Especiais da Cidade do Luxemburgo, dos gestores do Centro para o Desenvolvimento de Competências de Visão, assim como dos trabalhadores do Hörgeschädigten-Beratung e do Infohandicap.
Siga-nos no Facebook, Twitter e receba as nossas newsletters diárias.
