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Sérgio Godinho, Bonga e Ana Moura no Festival Atlântico
Cultura 3 min. 26.04.2019 Do nosso arquivo online

Sérgio Godinho, Bonga e Ana Moura no Festival Atlântico

Sérgio Godinho, Bonga e Ana Moura no Festival Atlântico

Foto: Paulo Lobo
Cultura 3 min. 26.04.2019 Do nosso arquivo online

Sérgio Godinho, Bonga e Ana Moura no Festival Atlântico

Vanessa CASTANHEIRA
Vanessa CASTANHEIRA
Quarta edição do evento vai decorrer na Philharmonie entre os dias 21 e 29 de setembro.

O festival Atlântico chega mais cedo e traz nova remessa de músicos lusófonos de vários estilos musicais e até alguns que resistem a ser catalogados. Certo é que, entre os dias 21 e 29 de setembro, a Philharmonie acolhe vários músicos que celebram as tradições, inovações e fusões musicais lusófonas.

Cabe ao cantautor, músico e escritor Sérgio Godinho encerrar, a 29 de setembro, a quarta edição do festival Atlântico. Com mais de 45 anos de carreira, Sérgio Godinho é um dos nomes incontornáveis da música portuguesa. O seu repertório continua a ser sinónimo de vanguarda, de luta e de liberdade – de relembrar que ontem foram evocados na Philharmonie temas da sua autoria, pelo coletivo Abri’Lux, um projeto luso-luxemburguês que presta homenagem à Revolução portuguesa e aos seus cantautores  –, a que se adicionam melodias únicas que deixam sempre “com um brilhozinho nos olhos”. Sérgio Godinho, que lançou em janeiro o romance “Estocolmo”, atua com o pianista Filipe Raposo.


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Ana Moura era também um dos nomes em falta no Atlântico. A fadista portuguesa, conhecida pela interpretação contemporânea e dançável do fado, atua no dia 28 (sábado).

Quem não se lembra de “Mariquinha”? O cantor angolano Bonga volta à Philharmonie – onde atuou em 2006 -, em representação da música e cultura angolanas e da world music. Dono de um timbre agridoce e suave, emoldurado por bombos e pela dikanza (instrumento típico de Angola), Bonga é a personificação da música tradicional angolana, com influências de soul, funk ou morna. Bonga no Atlântico representa multiculturalidade, diversidade e liberdade e até uma homenagem ao próprio músico, à música tradicional e étnica. O concerto está marcado para dia 27 no Grande Auditório.

Depois de um concerto anulado em 2018 e de um longo namoro com a Philharmonie, eis que Noiserv, o jovem multi-intrumentalista de nome David Santos, aparece no cartaz do festival. Estreou-se no Luxemburgo em 2014, no festival "Congés Annulés", e arrebatou o público. O homem-mais-que-orquestra, que faz música com objetos estranhos, como uma máquina fotográfica, transformou-se num músico de proa, com música minimal e letras simples. Noiserv atua no átrio da Philharmonie após Bonga e é tido pela organização como o concerto que atrai um género de público diferente.


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A representar o jazz chega Carlos Bica. O contrabaixista radicado em Berlim é uma das referências do jazz europeu. Trabalhou com Maria João, mas também participou em projetos com Carlos do Carmo, José Mário Branco ou Janita Salomé. Na Philharmonie atua com o seu habitual trio Azul, no qual se estreou como líder. O concerto é quinta-feira, dia 26.

A primeira noite do Atlântico (quarta-feira, dia 25) está reservada a Selma Uamusse, uma jovem revelação natural de Moçambique a residir em Portugal. Com ela traz o álbum “Mati” (“água”, num dos dialetos moçambicanos), um trabalho que não pode ser apenas carimbado como música tradicional. Selma Uamusse exprime-se também em português e inglês, com sonoridades tradicionais, soul e jazz.

Como tem sido habitual, há um programa reservado aos mais novos, nos dias 21 e 22, com o espetáculo “La Princesse mystérieuse” apresentado pelo coletivo Sete Lágrimas, que já passou pelo festival na edição passada.

Os bilhetes para os concertos do festival Atlântico estão à venda a partir de dia 10 de julho, no site da Philharmonie.

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